Em um desenvolvimento significativo, o Presidente Donald Trump anunciou um acordo entre os Estados Unidos e a China para permitir que o popular aplicativo de vídeos curtos TikTok continue operando em solo americano. A notícia, divulgada nesta terça-feira, 16 de setembro de 2025, marca um possível fim para a saga que envolveu o futuro da plataforma no país.
Fontes familiarizadas com o assunto indicam que o acordo é similar a propostas discutidas anteriormente neste ano, visando a transferência dos ativos americanos do TikTok para proprietários dos EUA, afastando as preocupações de segurança nacional levantadas pelo governo americano.
TikTok nos EUA: Entenda os Detalhes do Acordo
O pacto prevê que a ByteDance, empresa-mãe chinesa do TikTok, manterá uma participação minoritária de 19,9%, enquanto um consórcio de investidores americanos, incluindo Susquehanna International Group (SIG), General Atlantic, KKR e Andreessen Horowitz, deterá os 80% restantes. A Oracle também deve adquirir uma fatia na nova estrutura.
Apesar de um prazo inicial para venda ou encerramento das operações do aplicativo em 17 de setembro, a Casa Branca estendeu o prazo até 16 de dezembro, concedendo à ByteDance mais 90 dias para finalizar a complexa transação. O novo conselho de administração da entidade americana do TikTok será predominantemente composto por membros dos EUA, com um representante indicado pelo governo americano, conforme relatado pelo Wall Street Journal.
Qual o Impacto do Acordo do TikTok para os Usuários Brasileiros?
Embora o acordo se concentre nas operações do TikTok nos EUA, a resolução da incerteza regulatória pode ter um impacto positivo na estabilidade global da plataforma. Para os 170 milhões de usuários americanos, o aplicativo continuará funcionando normalmente. No Brasil, a situação do TikTok não foi diretamente afetada pelas discussões entre EUA e China, mas a clareza sobre o futuro da empresa em um dos seus maiores mercados é uma boa notícia para a comunidade global de usuários e criadores de conteúdo.
A administração Trump havia evitado aplicar a lei de desinvestimento devido à vasta base de usuários do TikTok e seu papel na comunicação política, inclusive com o próprio presidente mantendo uma conta oficial no aplicativo. A empresa sempre defendeu que seus dados de usuários americanos são armazenados em servidores nos EUA, operados pela Oracle, e que as decisões de moderação de conteúdo para o público americano são tomadas localmente.
Com a Oracle mantendo seu acordo de nuvem com o TikTok, a expectativa é que as salvaguardas de segurança nacional dos EUA sejam atendidas, ao mesmo tempo em que os interesses chineses são respeitados, segundo o Secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent.
Um acordo-quadro foi alcançado na segunda-feira, e a confirmação final é aguardada para sexta-feira, após uma ligação entre Trump e o Presidente chinês Xi Jinping.