O ano é 2025 e a promessa de um futuro retrofuturista, sombrio e silencioso, finalmente se concretiza com o lançamento de Routine. Este jogo de terror de sobrevivência em primeira pessoa, desenvolvido pela Lunar Software, transporta o jogador para uma base lunar abandonada, inspirada na visão de ficção científica dos anos 80. O título, que chega ao PC e Xbox (incluindo Game Pass) no dia 4 de dezembro, é uma experiência de horror psicológico que foca na exploração e na tensão constante, em vez do combate direto. Mas será que a longa espera valeu a pena para este ambicioso projeto?
Em Routine, você assume o papel de um astronauta enviado para investigar o desaparecimento da tripulação em uma estação de pesquisa lunar. O que se segue é uma jornada de arrepiar os nervos, onde a única certeza é a sua vulnerabilidade. O jogo se destaca por sua abordagem minimalista, eliminando a interface de usuário (HUD) e a barra de vida. Sua única ferramenta é o CAT (Cosmonaut Assistance Tool), um dispositivo multifuncional que serve como lanterna, scanner e chave de acesso. A ausência de informações visuais sobre seu estado de saúde aumenta a imersão e o pânico, pois você só sabe que está em perigo quando é tarde demais.
Gameplay: Sobrevivência e Pânico Constante
O gameplay de Routine é centrado na exploração e na resolução de quebra-cabeças ambientais. A base lunar é um labirinto de corredores claustrofóbicos e salas abandonadas, onde a ameaça não é apenas o silêncio, mas também os robôs de segurança Type-05, que patrulham a estação. A inteligência artificial desses inimigos é um dos pontos altos, pois eles são capazes de checar cantos e abrir portas, transformando cada encontro em um jogo mortal de esconde-esconde. A sensação de ser caçado é palpável, e o jogo acerta ao dosar a perseguição, dando ao jogador momentos de alívio para respirar e avançar na narrativa.
Gráficos e Áudio: A Estética Retrofuturista
Visualmente, Routine é um deleite para os fãs de ficção científica retrô. A estética lo-fi, inspirada em filmes como Alien e 2001: Uma Odisseia no Espaço, é executada com maestria. O design da estação, com seus monitores CRT, cabos enrolados e plásticos amarelados, cria um ambiente incrivelmente crível e desgastado. O trabalho de iluminação é fundamental para o terror, com sombras profundas e luzes de emergência piscando que aumentam a sensação de isolamento e perigo.
O design de áudio é igualmente impressionante. O som ambiente, composto por ruídos metálicos, o zumbido da ventilação e o som distante dos passos dos robôs, é o verdadeiro motor do pânico. A trilha sonora minimalista e o uso inteligente do silêncio garantem que o jogador esteja sempre alerta. O jogo consegue transmitir a sensação de que algo está sempre à espreita, mesmo quando não há nada visível.
Performance e Bugs: O Fim Inesperado
Apesar da excelência técnica na criação de atmosfera, a narrativa de Routine apresenta um ponto de inflexão que pode ser controverso. O jogo começa com uma trama de terror corporativo e sci-fi, mas introduz um elemento sobrenatural que desvia drasticamente o tom. Essa mudança abrupta, que culmina em um clímax visualmente impactante, mas narrativamente vazio, enfraquece a conclusão. O enredo, que prioriza o mistério e a loucura, acaba deixando o jogador com mais perguntas do que respostas, resultando em um final insatisfatório [1].
Conteúdo, Preço e Plataformas
Routine será lançado em 4 de dezembro para PC (Steam) e Xbox Series X|S, com a grande vantagem de ser um título Day One no Xbox Game Pass. Para quem não é assinante, o preço de lançamento deve girar em torno de R$ 120,00. A inclusão no serviço de assinatura é um ponto de grande relevância para o público brasileiro, tornando o jogo acessível a uma vasta base de jogadores. A Lunar Software, desenvolvedora do jogo, merece crédito por manter a visão original do projeto, que estava em desenvolvimento há mais de uma década [2].
Vale a pena jogar Routine no Game Pass?
Sim, definitivamente. Embora o jogo tenha falhas narrativas em seu terço final, a experiência de horror e a atmosfera criada são de altíssimo nível. A tensão e o design de som são suficientes para justificar a jogatina, especialmente para quem busca um terror de sobrevivência mais focado na furtividade e na exploração. A inclusão no Game Pass elimina a barreira do preço, tornando-o uma experiência obrigatória para os assinantes. Para mais informações sobre o serviço, confira nosso artigo sobre Routine e Dome Keeper Chegam ao Xbox Game Pass em Dezembro de 2025.
Prós e Contras de Routine
Prós
- Atmosfera Imersiva: O design de som e a estética retrofuturista criam uma tensão constante e claustrofóbica.
- IA Inimiga Inteligente: Os robôs Type-05 são caçadores implacáveis, tornando a furtividade desafiadora e recompensadora.
- Design Tátil: A interação com o CAT e o ambiente é física e imersiva.
- Day One no Game Pass: Excelente custo-benefício para assinantes.
Contras
- Narrativa Fraca: O final é insatisfatório e a mudança de tom no último terço é abrupta.
- Puzzles Obscuros: Alguns quebra-cabeças e objetivos são pouco claros, quebrando o ritmo do jogo.
- Curta Duração: A experiência é relativamente curta, o que magnifica os problemas de ritmo.
Veredito
Routine é um jogo de terror de sobrevivência que acerta em cheio na criação de uma atmosfera de pânico e isolamento. A base lunar abandonada é um cenário memorável, e a ameaça dos robôs Type-05 é genuinamente aterrorizante. No entanto, a execução da história, que se perde em um final anticlimático, impede que o jogo alcance seu potencial máximo. É uma experiência de horror que vale a pena, especialmente para os fãs do gênero e, inegavelmente, para os assinantes do Game Pass.
Nota Final: 7.7/10.0
**Referências:**
[1] PC Gamer – Routine review
[2] Lunar Software – Official Website