A Operação Endgame, coordenada pela Europol, marcou um golpe significativo contra o cibercrime internacional ao desmantelar a infraestrutura de três grandes ameaças: o infostealer Rhadamanthys, o Trojan de Acesso Remoto (RAT) VenomRAT e o botnet Elysium. A ação, que ocorreu entre 10 e 13 de novembro de 2025, resultou na derrubada de mais de 1.025 servidores e na apreensão de 20 domínios, impactando centenas de milhares de vítimas em todo o mundo.
A Europol, em conjunto com autoridades de 10 países, incluindo Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha, e com o apoio de mais de 30 parceiros privados, como Crowdstrike e Bitdefender, coordenou a operação a partir de sua sede em Haia. O objetivo principal foi atingir os facilitadores de ransomware e malware, que são peças-chave na cadeia de ataques cibernéticos. Um dos principais suspeitos por trás do VenomRAT foi preso na Grécia, demonstrando o alcance global da investigação.
O que são Rhadamanthys, VenomRAT e Elysium?
Os grupos criminosos desmantelados eram responsáveis por infectar computadores e roubar milhões de credenciais. O Rhadamanthys era um dos maiores infostealers ativos, conhecido por roubar dados sensíveis e credenciais de acesso. O principal suspeito ligado a este infostealer tinha acesso a mais de 100 mil carteiras de criptomoedas, com um valor potencial de milhões de euros.
Já o VenomRAT é um Trojan de Acesso Remoto, que permite aos atacantes controlar remotamente os sistemas infectados. Por fim, o Elysium era um botnet, uma rede de computadores comprometidos, frequentemente usado para distribuir ransomware e realizar ataques em larga escala contra infraestruturas críticas, organizações de saúde e governos.
Como a Operação Endgame impacta o Brasil e o cibercrime?
Embora o Brasil não tenha sido listado como um dos países participantes da coordenação, a derrubada dessas infraestruturas tem um impacto direto na segurança digital brasileira. O VenomRAT, por exemplo, já foi associado a uma onda de ataques a redes de hotéis no país. A interrupção dessas operações criminosas globais reduz a disponibilidade de ferramentas e serviços maliciosos, dificultando a ação de cibercriminosos que atuam localmente.
A ação coordenada da Europol serve como um alerta para a importância da segurança cibernética e da colaboração internacional. As autoridades incentivam as vítimas a verificarem se suas credenciais foram comprometidas em sites como o Have I Been Pwned, que colaborou com a operação. No total, a ação resultou em 1 prisão, 11 buscas em locais e a interrupção de mais de mil servidores maliciosos, marcando um avanço significativo na luta contra o cibercrime.
Ações Coordenadas e o Futuro da Segurança
A Operação Endgame não é um ponto final, mas uma fase contínua de esforços para desmantelar redes criminosas. A Europol facilitou a troca de informações e forneceu suporte analítico e forense, com mais de 100 agentes de aplicação da lei coordenando as ações a partir de um posto de comando. A mensagem é clara: o “jogo” para os cibercriminosos está acabando, e a cooperação global é a chave para a segurança digital.
Para mais detalhes sobre a operação e as ações coordenadas, o comunicado oficial da Europol está disponível para consulta. A data da operação foi confirmada como 13 de novembro de 2025.