A Meta Platforms, gigante por trás do Facebook e Instagram, está em negociações avançadas com o Google para utilizar os chips de inteligência artificial (IA) da Alphabet, conhecidos como Tensor Processing Units (TPUs). Este movimento estratégico, que pode envolver bilhões de dólares, representa um esforço direto da Meta para diversificar sua infraestrutura de IA e diminuir sua pesada dependência da Nvidia, a atual líder incontestável no fornecimento de hardware para o setor.
A notícia, divulgada pelo Wall Street Journal em 25 de novembro de 2025, indica que o acordo potencial visa fortalecer a capacidade da Meta de treinar e executar seus modelos de IA, como o Llama. A busca por alternativas à Nvidia reflete a crescente demanda por poder computacional e a necessidade de grandes empresas de tecnologia de controlar seus custos e a cadeia de suprimentos de chips de IA.
O Crescimento da Competição no Mercado de Chips de IA
O mercado de chips de IA tem sido dominado pela Nvidia, cujas GPUs (Graphics Processing Units) se tornaram o padrão da indústria para o treinamento de grandes modelos de linguagem. No entanto, o alto custo e a escassez de fornecimento têm incentivado gigantes como Google, Amazon e Microsoft a desenvolverem seus próprios chips. O Google, com seus TPUs, é um dos principais concorrentes internos da Nvidia, e um acordo com a Meta daria um impulso significativo à sua plataforma de hardware.
Qual o Impacto para a Nvidia e o Mercado Brasileiro?
Um acordo de bilhões de dólares entre Meta e Google teria um impacto imediato nas ações da Nvidia, como já foi visto com a divulgação da notícia. Para o mercado de tecnologia brasileiro, a intensificação da concorrência pode ser benéfica. A diversificação de fornecedores de chips de IA tende a pressionar os preços para baixo e aumentar a disponibilidade de recursos de computação em nuvem, facilitando o acesso de startups e empresas locais a tecnologias de ponta em inteligência artificial.
Ainda não está claro se a Meta usaria os TPUs para o treinamento de modelos (que exige mais poder) ou para inferência (a execução do modelo treinado). De qualquer forma, a parceria sinaliza uma nova fase na “corrida do ouro” da IA, onde as empresas buscam ativamente soluções de hardware que equilibrem performance, custo e autonomia. A Meta já desenvolve seus próprios chips, mas a parceria com o Google pode ser uma solução de curto a médio prazo para acelerar sua expansão em IA.
A busca por alternativas à Nvidia reflete a crescente demanda por poder computacional e a necessidade de grandes empresas de tecnologia de controlar seus custos e a cadeia de suprimentos de chips de IA.
Acompanharemos os desdobramentos desta negociação e como ela redefinirá o panorama da infraestrutura de inteligência artificial globalmente. A data de 25 de novembro de 2025 marca um ponto de inflexão na competição entre as gigantes da tecnologia.