A Intel revelou oficialmente nesta quinta-feira (9) os detalhes de sua nova arquitetura de GPUs integradas, a Intel Xe3. A nova tecnologia, que equipará a próxima geração de processadores Core Ultra Series 3 (codinome Panther Lake), promete um salto de mais de 50% em desempenho gráfico em comparação com a geração anterior (Lunar Lake), estabelecendo um novo patamar para gráficos integrados em notebooks e sistemas compactos.
O que muda com a arquitetura Intel Xe3?
A arquitetura Xe3, parte da família de codinome “Battlemage”, representa uma evolução significativa sobre a Xe2. A configuração mais robusta da nova iGPU contará com até 12 Xe Cores, um aumento de 50% em relação aos 8 núcleos da geração anterior. Além do aumento de núcleos, a Intel implementou melhorias profundas, como uma alocação de registradores mais dinâmica e eficiente, que otimiza a utilização dos recursos do chip e, segundo a empresa, tem “efeitos dramáticos na performance”.
Outro destaque é o dobro da memória cache L2, que agora chega a 16 MB. Essa mudança é crucial para reduzir o tráfego de dados para a memória principal do sistema, um gargalo comum em GPUs integradas, garantindo que o processador gráfico tenha acesso mais rápido às informações que precisa. A unidade de Ray Tracing também foi aprimorada, com um gerenciamento dinâmico que promete mais eficiência no processamento de raios de luz para gráficos mais realistas. Para entusiastas de hardware que acompanham o mercado, essas melhorias colocam a Intel em uma posição competitiva acirrada contra as soluções da concorrência, como as encontradas nas próximas gerações de GPUs dedicadas.
Quando chegam os primeiros produtos com a GPU Intel Xe3?
De acordo com o comunicado oficial da Intel, os processadores Panther Lake, equipados com a arquitetura Xe3, já estão em produção. A companhia planeja iniciar o envio dos primeiros chips ainda em 2025, com uma disponibilidade mais ampla para os consumidores e fabricantes de PCs a partir de janeiro de 2026. A tecnologia será fabricada no processo Intel 18A, o mais avançado da empresa até o momento, e que equivale a um processo de 2 nanômetros.
“Estamos entrando em uma nova e empolgante era da computação, possibilitada por grandes saltos na tecnologia de semicondutores que moldarão o futuro por décadas”, afirmou Lip-Bu Tan, CEO da Intel, destacando o papel da nova arquitetura e do processo de fabricação avançado. Mais detalhes técnicos foram aprofundados por fontes como o Tom’s Hardware.
Além dos PCs, a Intel mira em aplicações de ponta (edge), como robótica, com a nova plataforma. A expectativa é que a combinação de mais desempenho de CPU, uma GPU significativamente mais potente e uma NPU robusta para tarefas de IA consolide os processadores Panther Lake como uma base sólida para a próxima geração de AI PCs.