Full Metal Schoolgirl: O Roguelike de Anime que Não Convence (Review)

Full Metal Schoolgirl Review: jogo de tiro roguelike

Full Metal Schoolgirl é o mais novo título de tiro em terceira pessoa com elementos roguelike da D3Publisher, lançado para PlayStation 5, Nintendo Switch e PC (via Steam e Epic Games Store). O jogo chegou ao mercado com a promessa de ação frenética e um charme visual inspirado em animes, mas a análise detalhada revela que a experiência não consegue sustentar a premissa inicial. Com um preço de lançamento de aproximadamente R$ 250,00 (US$ 44.99) nas plataformas digitais, a questão que fica é se este roguelike repetitivo vale o investimento.

Gameplay: A Rotina Monótona da Torre de 100 Andares

O núcleo de Full Metal Schoolgirl reside em sua jogabilidade de tiro em terceira pessoa, que é descrita como “decente” em sua fundação. No entanto, o jogo rapidamente se torna uma rotina tediosa. A premissa é simples: subir uma torre de 100 andares, enfrentando hordas de inimigos. O problema principal está no design de nível, que é lamentavelmente repetitivo e carece de criatividade, transformando a escalada em um “slog” (esforço penoso) que desmotiva o jogador.

Embora o sistema de upgrades e equipamentos seja um ponto de brilho, oferecendo um pico de diversão nas horas finais, a jornada para desbloquear e aproveitar esses recursos é longa e pouco recompensadora. O ciclo roguelike, que deveria ser viciante, falha em manter o interesse, pois o jogador sente que já viu tudo o que o jogo tem a oferecer após apenas algumas rodadas. A falta de variedade e o design de fases enfadonho são os maiores obstáculos para a experiência de jogo.

Gráficos e Áudio: O Charme Anime que se Esgota

O apelo visual de Full Metal Schoolgirl é inegavelmente seu estilo anime vibrante, com garotas armadas até os dentes. Contudo, esse charme é superficial e se esgota rapidamente. A estética, que inicialmente promete irreverência e ação, logo se transforma em uma coleção de tropos que se tornam irritantes. A direção de arte não consegue mascarar a falta de profundidade e variedade nos ambientes da torre, que são visualmente genéricos e contribuem para a sensação de repetição.

O áudio, embora não seja o foco principal da análise, acompanha a experiência mediana. A trilha sonora e os efeitos sonoros cumprem seu papel, mas não são memoráveis o suficiente para elevar o nível da jogabilidade. Em suma, a apresentação do jogo é um caso em que o estilo não consegue compensar a substância.

Performance e Bugs: Falhas Fundamentais na Estrutura

A análise aponta para “falhas fundamentais” na estrutura do jogo. Embora não detalhe problemas técnicos como quedas de taxa de quadros (FPS) ou bugs específicos, a crítica à fundação do roguelike sugere que a performance do jogo não é apenas técnica, mas estrutural. A repetição e o design de nível ruim são, em si, falhas de execução que afetam diretamente a performance da experiência de jogo. A D3Publisher, conhecida por títulos de ação, parece ter cometido um erro de cálculo no que torna um roguelike envolvente.

Conteúdo, Preço e Plataformas: Vale a pena investir neste roguelike?

Full Metal Schoolgirl está disponível para PlayStation 5 (PS5), Nintendo Switch e PC (Steam e Epic Games Store), com um preço que o coloca na faixa de jogos de médio a grande porte. O conteúdo se resume à escalada da torre de 100 andares e o sistema de progressão. No entanto, a falta de variedade no loop principal e o design de nível monótono questionam o valor do pacote completo.

Para um jogo que promete centenas de horas de rejogabilidade, a experiência se mostra exaustiva e previsível. O preço de cerca de R$ 250,00 (US$ 44.99) é alto demais para um título que não consegue entregar uma experiência roguelike polida e diversificada. O jogo faz uma sátira à cultura de trabalho exploratória no Japão, mas esse ponto narrativo não é suficiente para salvar a jogabilidade.

Prós

  • A jogabilidade de tiro em terceira pessoa é funcional e decente.
  • O sistema de upgrades e equipamentos é divertido nas fases finais.
  • O estilo visual anime é atraente.

Contras

  • Extremamente repetitivo e monótono.
  • Design de nível chato e pouco inspirado.
  • O charme anime se esgota rapidamente, com tropos irritantes.
  • Ciclo roguelike falho e pouco recompensador.
  • Preço elevado para o conteúdo e qualidade oferecidos.

Veredito: A Repetição Mata a Diversão?

Apesar de ter encontrado alguns momentos de diversão na reta final, Full Metal Schoolgirl não consegue se redimir de suas falhas estruturais. O jogo é um exemplo de como boas ideias podem ser desperdiçadas por uma execução fraca e repetitiva. Para os fãs de roguelikes que buscam profundidade e variedade, este título será uma decepção. É um jogo que você verá tudo o que tem para oferecer em poucas horas, e a escalada de 100 andares não compensa o esforço.

“O loop que ele cria é lamentavelmente repetitivo com um design de nível chato. Embora eu tenha encontrado alguma diversão sem sentido… certamente não é bom o suficiente para redimir este shooter monótono.” – IGN

Nossa nota final para Full Metal Schoolgirl é 5.0/10.

Para mais informações sobre o jogo, visite a página oficial na Steam. Você também pode conferir a notícia de lançamento no PlayStation Blog.

Nota Final: 5.0/10