Anno 117: Pax Romana – Vale a Pena o Novo Jogo de Estratégia da Ubisoft?

O gênero de construção e gerenciamento de cidades é notório por sua capacidade de consumir horas a fio, e Anno 117: Pax Romana, a mais recente incursão da Ubisoft no Império Romano, não é exceção. Lançado para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC (via Steam, Epic Games Store e Ubisoft Connect), o título se apresenta como um sucessor direto de Anno 1800, mantendo a fórmula viciante e adicionando camadas de refinamento que o tornam ainda mais confortável e profundo para os jogadores [1]. A análise a seguir detalha como este simulador de construção de impérios se sai no console e se ele consegue honrar o legado da franquia.

Gameplay: A Arte da Gestão Sustentável

A essência de Anno 117 reside na criação de um modelo de desenvolvimento e crescimento sustentável. O jogo oferece uma campanha que serve como um extenso tutorial, permitindo ao jogador escolher entre um líder masculino (Marcus) ou feminino (Marcia), cada um com um background que adiciona contexto às missões secundárias. As escolhas iniciais guiam o foco do seu domínio para áreas como comércio, diplomacia, cultura ou poderio militar, embora o jogo incentive uma base equilibrada [1].

O sistema de tutoriais é generoso em conceitos, mas a adaptação da interface para o console, especificamente no PlayStation 5, apresenta seus percalços. Jogos de estratégia e gestão se beneficiam do mouse e teclado, e embora o jogo permita o uso desses periféricos, a navegação com o DualSense pode ser pouco prática, especialmente na microgestão de elementos como fábricas e embarcações. As rodas de construção são intuitivas, mas os sub-menus de gerenciamento de cada elemento exigem paciência e adaptação [1].

Um dos pontos altos é o modelo de acompanhamento de commodities. O sistema é fluido e orgânico, evitando o temido “efeito dominó” exagerado de cadeias produtivas complexas. O desafio reside em equilibrar a produção e o escoamento do excedente para evitar a falência ou o abarrotamento de armazéns. Este aprendizado é crucial, especialmente ao expandir para novas regiões via rotas marítimas, onde o jogo político e a retroalimentação de recursos se tornam altamente complexos e sofisticados.

Gráficos e Áudio: O Mundo Genuinamente Vivo

Visualmente, Anno 117: Pax Romana é exuberante. O trabalho gráfico é de alta qualidade, apresentando uma variedade surpreendente de construções que transformam ilhas vazias em grandes conglomerados diversificados. A capacidade de aproximar a câmera para observar a vida caótica e dinâmica da cidade, seja em um desfile de celebração ou em um movimento desordeiro, confere materialidade aos números de habitantes, fazendo o mundo parecer genuinamente vivo [1].

A trilha sonora e os efeitos de áudio complementam a imersão na ambientação do Império Romano, reforçando a sensação de estar no comando de uma civilização em crescimento. A localização em legendas e menus para o português do Brasil é um ponto positivo que facilita a compreensão das complexas mecânicas de gestão.

Performance e Bugs: O Desempenho no PS5

A análise original, feita na versão de PlayStation 5, aponta que o jogo se mantém estável, mas a principal crítica de performance está ligada à interface de controle, que não é tão dinâmica quanto em outros títulos de estratégia adaptados para consoles. No entanto, o jogo se esforça para integrar o sistema de guerra e combate naval de forma funcional, que, embora não seja o foco principal, é agradável de gerir e apreciar. O desenvolvimento militar se torna fundamental para a defesa contra piratas e outras ameaças, integrando-se bem com a gestão econômica [1].

Conteúdo, Preço e Plataformas: O Jogo Vale a Pena?

A campanha principal tem uma duração de 12 a 15 horas, mas o verdadeiro potencial de Anno 117: Pax Romana reside no end game e no modo infinito. Este modo oferece duas possibilidades de cidades com níveis de dificuldade bem definidos, prometendo dezenas, quiçá centenas de horas de investimento. O jogo evita a repetição com eventos e atividades de progressão e aprofundamento, tornando-o um investimento certo para fãs do gênero [1].

O título está disponível para PlayStation 5, Xbox Series X|S e PC. O preço de lançamento segue o padrão de jogos AAA, mas a longevidade e a profundidade do conteúdo justificam o investimento para quem busca um simulador de gestão robusto. Para quem já jogou Anno 1800, a sensação de continuidade e conforto é imediata, mesmo que a inovação seja sutil.

Prós: O que faz Anno 117: Pax Romana brilhar?

  • Sistema de gestão de commodities orgânico e fluido.
  • Gráficos exuberantes e um mundo que parece “genuinamente vivo”.
  • Modo infinito com alta longevidade e profundidade de conteúdo.
  • Localização completa para o português do Brasil.
  • Tutorial bem estruturado que introduz as mecânicas gradualmente.

Contras: O que poderia ser melhor?

  • Interface de controle no console (DualSense) é desajeitada e pouco prática para a microgestão.
  • Falta de grandes inovações em relação ao antecessor (Anno 1800).
  • A complexidade da economia pode ser punitiva para jogadores menos pacientes.

Veredito: Qual a Nota Final de Anno 117: Pax Romana?

Anno 117: Pax Romana se estabelece como uma das melhores e mais divertidas experiências de construção e gerenciamento da atualidade. Embora a interface no console seja um ponto fraco, o jogo compensa com um sistema de gestão orgânico, visuais impressionantes e uma satisfação imensa ao ver seu império prosperar. É uma experiência completa e revigorante, cujo maior perigo é a perda de noção do tempo.

Nota Final: 8.5/10.0

Para mais informações sobre o jogo, confira o artigo sobre o foco em acessibilidade e lançamento simultâneo de Anno 117: Pax Romana [2].

Referências:

[1] Montanaro, Paulo Roberto. Anno 117: Pax Romana – Review. PSX Brasil. Disponível em: https://psxbrasil.com.br/anno-117-pax-romana-review/

[2] IntrigaBits. Anno 117: Pax Romana Detalha Foco em Acessibilidade e Lançamento Simultâneo. Disponível em: https://intrigabits.com.br/anno-117-pax-romana-acessibilidade-lancamento/